terça-feira, 1 de setembro de 2009

segunda-feira, 20 de abril de 2009

astro fingidos

Joga a bola, menino!
Dá pontapés certeiros
Na empanturrada imagem
Deste mundo.
Traça no firmamento
Órbitas arbitrárias
Onde os astros fingidos
Percam a majestade.
Brinca, na eterna idade
Que eu já tive
E perdi,
Quando, por imprudência,
Saltei o risco branco da inocência.

Miguel Torga
Diário VII, 1956

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Novamente o ABC teatral

Devemos questionar permanentemente aquilo que somos e aquilo que queremos fazer.

a) Que é o teatro?
b) Porquê o teatro?
c) Para quê?
d) Como definir teatralidade?
e) O que distingue o teatro da televisão e do cinema?
f) Qual a sua essência?
g) Quais os seus limites - possibilidades e impossibilidades?
h) Qual o lugar do teatro numa era altamente tecnológica e global?
i) Para onde caminha o teatro - morte ou ressureição?

Algumas perguntas com a ajuda de Teoria do Teatro Moderno, Teoremas e Axiomas de Pedro Barbosa, Edições Afrontamento - 1980.

Para reflectir a partir de Grotowski

« Nós não podemos saber se o teatro hoje é ainda necessário.(...) Toda a gente repete a mesma questão teórica: o teatro é necessário?

Se todos os teatros fossem fechados num mesmo dia, uma grande parte da população não se daria conta disso senão algumas semanas mais tarde, mas se fossem os cinemas e a televisão a terem sido eliminados, logo no dia seguinte a população inteira entraria em efervescência. (...)

Na nossa época, em que todas as línguas se confundem, em que todos os géneros estéticos se penetram, a morte ameaça o teatro desde que o filme e a televisão invadiram o seu domínio.

Isso conduz-nos a examinar a natureza do teatro, a ver no que ele difere das outras formas de arte e o que o torna insubstituível. (...)

O teatro tem de reconhecer os seus limites.»

Grotowski, actor e teórico teatral polaco

segunda-feira, 9 de junho de 2008

O 1º post - A certeza

Para a frente ou para trás o caminho é sempre longo.

Para fora ou para dentro, a porta é sempre estreita.

Dá a volta, diz o Curvado.

Não desta vez vou em frente, por mais difícil que seja o caminho.

..

PEER GYNT, Henrik Ibsen